Improviso ou Preparação?

O que faz de um gestor um bom gestor?

Seguramente uma lista de características que não caberiam neste pequeno espaço. Prefiro identificar apenas duas que pelo facto de parecerem diametralmente opostas no espectro comportamental, são absolutamente determinantes na operação diária de gestão de uma empresa: a capacidade de improvisar e a dedicação à preparação.

Claro que uma e outra característica, embora possam ser encaradas como antagónicas entre si, de facto complementam-se. Se por um lado a capacidade de improviso seja determinante na resposta rápida a uma situação inesperada, que requeira uma (re)ação rápida e eficaz na manutenção do funcionamento da empresa, por outro não deve ser utilizada como base para estabelecimento de uma estratégia sólida e robusta onde se alicerça toda a organização, garantindo a evolução a longo prazo. Se o improviso fosse um penso rápido para uma ferida, a preparação seria um conjunto de hábitos saudáveis seguidos de forma consistente e continuada.

E assim, em traços simplistas, se gere uma organização: com a capacidade para rapidamente se implementarem medidas de emergência, mas por outro lado não perdendo o fio condutor da estratégia de fundo que permite antecipar sobressaltos e garantir a evolução dos processos acompanhando as novas necessidades ditadas por uma realidade cada vez mais complexa. E é, exatamente, neste fio condutor que o modelo ETIM se afirma como a base para ferramentas de gestão “Future Proof”, trazendo organização e ganhos de eficiência significativos aos processos das empresas. Não fique dependente dos pensos rápidos para estancar um potencial problema crónico.

Rui Monteiro